sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A Primeira Vez...

Fui pela primeira vez ontem, a um encontro de “apaixonados” pela fotografia, o promotor de tal evento é uma pessoa com “provas dados” no mundo e na arte de fotografar. Surpreendeu-me por ser uma “pessoa normal”, e por conseguir transmitir e descrever o prazer que lhe dá fotografar. Consegui sentir nas suas palavras algumas das minhas sensações quando tiro fotografias… foi um momento magico.

Confesso que ia com uma grande dúvida… Ao fazermos da fotografia o “nosso sustento”, se a mesma não se tornaria um modo de vida normal e chato, como a maioria de nós temos!!
Nada disso, vivi a magia apaixonante da fotografia, durante aquelas mais de duas horas, que pareceram minutos, mas que se perlongarão por semana, e quem sabe por parte do nosso futuro… Ouvir na primeira pessoa as aventuras e as histórias por trás de uma foto. Uma outra maneira de ver a fotografia, é ouvir as sensações únicas que sentimos ao captá-la…

A forma de fazer sonhar é algo indescritível que a arte de fotografar nos proporciona… Qualquer pessoa pode ser artista á sua maneira, basta colocar numa foto a sua paixão…

Reforcei a ideia de que o “objecto” para fotografar não será mais de 20% da imagem captada, e que mais importante do que isso, é o gosto, a paixão, a luz, a persistência e sempre alguma dose de sorte…

Só pelo simples facto de começar a fotografar não me tornou uma pessoa melhor, mas seguramente me tornou uma pessoa mais atenta, mais calma e mais sonhadora… é um belo hobbie e um bom anti-stress. Uma fotografia minha não muda o mundo de ninguém, mas seguramente já mudou o meu…
Sinto que é um momento só meu, que consigo ter a liberdade que gosto, que preciso e que muito prazer me dá… consigo gozar a magia do momento, e sentir-me diferente na igualdade da vida em sociedade… mesmo que muitas vezes as pessoas que nos rodeiam não consigam entender e dar valor a isso…

Diz o ditado que: “uma imagem, vale mais que mil palavras”, mas é muito bom ouvir as mesmas ditas por quem fotografou, por quem viveu a experiência e por quem encontrou significado para captar o momento.

Desde que me tornei “aprendiz de fotografo”(á dois ou três anos), noto que passo pelos mesmos locais (há anos), mas que agora me parecem muito diferentes, dou por mim a olhar para um simples “canteiro/vaso” e consigo ver, desde uma bela (e normal) flor, uma erva daninha, ou simplesmente um beata ou outro tipo de “poluição” e achar que é motivo para registar o momento, pelas mais variadas razões…


Na palesta de ontem, todos as imagens eram “minhas conhecidas”, porque acompanho a pessoa em questão á algum tempo, mas faltava alguma coisa, que ontem deu para completar o círculo, faltava a explicação, as sensações sentidas, e as razões que levaram a pessoa a registar para sempre aquele momento… Vi ontem que para além de um bom orador, o fotografo tem de ser um apaixonado pelo que faz… e quando isso é feito daquela maneira, só tem de sair um bom trabalho… 
Obrigado JS